sexta-feira, 10 de julho de 2015

Brisa que corre

Embora o dia esteja quente,
a brisa que corre torna este dia razoavelmente ameno,
nisso, bem diferente dos que o precederam.
É Lisboa, e o Tejo porventura faz diferença.
Pena é que esta brisa fresca que corre não seja um elemento permanente,
seja Lisboa, seja Braga, seja Ponte de Lima.
Tenho a brisa, faltas-me tu.
Seria um dia cheio tendo-te perto.
Nem sequer faltou a cortesia do hotel,
que, de quando em quando, me premeia com esmeros e confortos inusuais,
a que me habituei a apelidar de suite Caroline.
A Caroline não sei onde a fui achar,
o doce só podes ser tu.
Recuo 7, 12, 32 anos
e estou de volta a uma cidade que me diz muito.
Que bom é reencontrar Lisboa
com sol mas, ainda assim, fresca,
percorrida por esta brisa acolhedora.

José Cadima

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