NOTA SOBRE O SPID (Seminário
Permanente de I&D), 26 outubro 2017 |
11 h, Sala 3.01 | Pólo I da ECHS
11 h, Sala 3.01 | Pólo I da ECHS
“O Legado de Guimarães Capital Europeia da
Cultura de 2012”
Oradores: Paula Remoaldo & José
Cadima Ribeiro (Universidade do Minho)
Comentador: Francisco Diniz
No dia 26 de outubro 2017 celebrou-se
um seminário permanente de investigação do CETRAD sobre o legado de Guimarães
como capital cultural europeia de 2012 e apresentou-se o livro com igual título,
editado em 2017 pela editora Afrontamento. No seminário participaram à volta de
60 pessoas, especialmente alunos da licenciatura em turismo da UTAD. A sessão
de abertura foi feita pelo presidente da ECHS (Escola de Ciências Humanas e
Sociais) da UTAD, o Prof. Manuel Luís Tibério. Após os agradecimentos e as
palavras de circunstância, reforçou a importância do ensino e a investigação do
turismo na UTAD. A seguir, o Prof. Francisco Diniz, professor reformado do DESG
e investigador do CETRAD, apresentou os autores convidados e apontou o valor de
atividades complementares, como esta apresentação de livro, ao ensino formal
curricular.
A Prof.ª Paula Remoaldo começou a
apresentação do livro falando da estrutura e do conteúdo dos 7 capítulos do
livro, que é resultado de uma investigação iniciada em 2008. Frisou o desejo
vimaranense de converter-se numa cidade mais internacional através da organização
deste megaevento complexo e também sublinhou como o evento significou um
aumento do orgulho e da autoestima local. Paula Remoaldo revisou a história das
cidades culturais europeias, a primeira das quais foi Atenas em 1985. Mencionou
igualmente que a partir de 2000 a União Europeia designa duas cidades capitais
por ano e, assim, também cidades médias podem ganhar o título de “cidade
cultural europeia” (CCE). No caso de Portugal, Lisboa foi CCE em 1994, Porto em
2001 e Guimarães em 2012. O estudo desta última foca as reações das populações,
as suas perceções e atitudes face ao reconhecimento, e sublinha a importância
de um planeamento participativo seguindo as orientações do Conselho de Europa. A
nomeação de Guimarães como CCE resultou na criação de um projeto cultural
colaborativo de um ano e serviu de alavanca para uma oferta cultural sustentada
no tempo.
Do seu lado, o Prof. José Cadima
Ribeiro analisou os efeitos da nomeação para residentes e visitantes em vários
eixos temáticos: benefícios imateriais (ex. revitalização da tradição); custos
económicos, sociais e ambientais; segurança e infraestruturas; mudanças nas
práticas tradicionais e nos hábitos quotidianos; benefícios sociais e
económicos. O orador também destacou a importância de outra nomeação,
nomeadamente o reconhecimento do centro histórico de Guimarães como património
mundial pela UNESCO, em 2011. Foi outro elemento que contribuiu para a “grande
festa” que foi o ano de Guimarães como CCE, o aumento do orgulho da comunidade
e motivar os visitantes para visitar este património mundial e cultural.
Valeu a pena, este investimento em
Guimarães como CEC, mas é preciso trabalhar ainda mais para tornar durável o
“sucesso” do turismo em Guimarães. Referiu que algo igual acontece a nível de
Portugal que ganhou em 30 de setembro de 2017, graças a um trabalho árduo e contínuo,
37 World Travel Awards, incluindo o de Melhor Destino Europeu.
Xerardo
Pereiro e Veronika Joukes (UTAD|CETRAD)
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