Alegra-me
que estou triste, triste.
Sei que
a vida é bela,
mas não
o é sem que o conquistemos, dia-a-dia,
procurando
equilíbrios, atentos ao sentir dos outros,
reconhecendo
que há quem tome por sustentáculo da sua forma de estar
a desconsideração do sentir dos outros.
Alegra-me que estou triste.
Não
imaginas quanto gostaria de sentir-me alegre,
de partilhar
contigo a minha alegria.
Ver-te
sorrir, ver-te confiante é parte da minha alegria quotidiana.
Ver-te
triste reforça o meu desânimo.
Quero sussurrar-te
ao ouvido que a vida é bela,
renovar-te
votos de amor
mas a
tristeza que se entranhou em mim não mo permite.
Alegra-me que estou triste.
Vem
conquistar vida comigo,
porque
para ser bela a vida tem que ser partilhada,
e eu
quero, muito, ver-te sorrir.
José
Cadima
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