Para mim, foi uma surpresa a Ilha do Pico.
Aqui vive-se mais devagar e a COVID-19 parece não existir...
O Hotel Aldeia da Fonte é paradisíaco e com umas vistas fantásticas para o mar e para as gaivotas.
As rochas vulcânicas são únicas.
Até qualquer dia!
Avistando o lugar onde nos deram o resultado à COVID-19 realizado ao sexto dia de permanência nos Açores.
Narrativa de um peregrino Italiano.
Seguem alguns dos motivos para quem decide fazer o Caminho.
https://caminhosperegrinos.com.br/8-motivos-para-fazer-o-caminho-de-santiago/
Tem sido uma experiência muito interessante fazer o Caminho, principalmente, por motivos espirituais e por motivos científicos.
Tenho pena que te tenhas perdido de nós.... Desta vez, a pressa ditou a ausência! Foste pela variante e nós pelo Caminho de Santiago.
Por
força de um acaso infeliz, fiquei ontem sem transporte, num lugar sem nome, a
dois terços do caminho entre Barcelos e Ponte de Lima. O episódio lembrou-me
uma ocasião, em data já muito longínqua, em que aterrei em Marselha, onde ia
pela primeira vez, sem outro endereço que não fosse o da sede da organização de
um congresso onde ia participar que se encontraria encerrada na hora em que
cheguei. No caso presente, por força dos tempos estranhos que atravessamos, não
havia esperança de poder apanhar um transporte público coletivo e, inquirindo
junto de um transeunte, apurei a inexistência, também, de qualquer táxi nas
proximidades.
Depois
de durante quase uma hora equacionar que soluções adotar, procurei num
restaurante que havia nas redondezas algum tipo de ajuda, tendo recebido do funcionário
que me atendeu a indicação de um número de telefone de um táxi, para onde me
sugeriu que ligasse. A dificuldade que lhe transmiti é que não tinha telefone,
pelo que o número em causa de nada me valia. Na sua simplicidade de parolo dos
tempos que correm, não terá percebido o alcance do que lhe transmiti pelo que
me restou agradecer a atenção e abandonar o lugar.
Não
fazendo sentido manter-me por ali, retomei a caminhada que vinha fazendo, já
com 10 Kms, e equacionei mesmo fazer o restante caminho até Ponte de Lima a pé.
Felizmente, no infortúnio da situação, senti-me com as forças que me faltavam ao
fim dos Kms de caminhada que fizera e, nesse propósito, pus-me a percorrer
estrada.
Cerca
de 1 Km volvido, perante o avançar da hora e tendo-me deparado com uma oficina
de reparação de bicicletas e motorizadas, atrevi-me a inquirir novamente sobre
a eventualidade da existência de um táxi na vizinhança. Foi-me dito novamente que
não existiria, a não ser em Barcelos ou Ponte de Lima, sendo-me sugerido que
pedisse telefonicamente o dito. Voltei a responder que tinha a dificuldade de não
ter telefone para o fazer, o que acabou por não ser problema posto que o jovem
que me assistiu se prontificou a usar o seu para me solicitar o táxi. Com esse
gesto simples, a história chegou ao seu termo e o resto foram alguns minutos
de espera e o tempo do percurso até casa.
Num caso e noutro, isto é, em Marselha, em data remota, e na situação de ontem que relato, acabei por conseguir chegar ao meu destino pese o desconhecimento do terreno, a escassez de referências geográficas com que me deparava, e a inexistência de um mísero telefone. O que fez a diferença num e noutro casos foi haver gente que ainda é capaz de consentir uns minutos de atenção a alguém que deles precisa, e, nesta derradeira situação, foi capaz de entender que nem todos somos maluquinhos dos telemóveis e que não é um favor do outro mundo usar o que possuem para chamar um táxi para quem lhes pede ajuda.
J.
Cadima Ribeiro
(na
sua estrita identidade, sem tirar nem pôr o que quer que seja)
